Quando falamos de eficiência em recrutamento, é comum pensar em ferramentas, automação ou no tempo até a contratação. Mas há um indicador que poucas empresas conhecem — e que pode revelar quanto dinheiro está sendo desperdiçado no topo do funil: o Custo de Aquisição de Talentos (CAT).
Assim como o marketing tem o CAC (Custo de Aquisição de Clientes), o RH precisa olhar com lupa para o CAT, que mostra quanto custa, de fato, trazer um novo talento para dentro da organização.
E spoiler: esse custo vai muito além do salário ou do anúncio da vaga.
O que é o Custo de Aquisição de Talentos (CAT)?
O CAT representa o somatório de todos os gastos — diretos e indiretos — envolvidos no processo de atração, avaliação e contratação de um profissional.
A fórmula é simples, mas poderosa:
CAT = (Custos Internos + Custos Externos) ÷ Número de Contratações
Essa métrica é a base do Cost Per Hire (CPH), usado por grandes empresas para medir a eficiência dos seus processos de recrutamento. O problema é que, na prática, a maioria das empresas não tem clareza do que entra nessa conta.
Custos diretos: o que é fácil de ver
São os gastos mais óbvios e normalmente registrados nos orçamentos:
- Anúncios de vaga e mídia paga;
- Taxas de consultorias de recrutamento;
- Ferramentas e softwares de recrutamento (ATS, testes, assessments);
- Verificações de antecedentes;
- Taxas de onboarding e integração.
Esses valores são visíveis e mensuráveis, mas representam apenas a ponta do iceberg.
Custos indiretos: o que corrói o orçamento sem ser percebido
O verdadeiro vilão do CAT é o tempo. Cada hora que um recrutador passa triando currículos, cada entrevista improdutiva, cada reunião de alinhamento sobre um candidato sem fit — tudo isso é custo.
E mais: o tempo que gestores e líderes gastam em entrevistas sem sinal, e o impacto de vagas abertas por mais tempo (que afetam produtividade e receita) também fazem parte do custo real de aquisição.
Vamos a um exemplo prático:
Uma empresa que recebe 100 aplicações por vaga e gasta 4 minutos por CV + 15 minutos em pré-entrevistas com 30% dos candidatos investe 14 horas por vaga só na triagem inicial.
Se o custo-hora do recrutador é R$ 80, isso equivale a R$ 1.120 por vaga — sem contar ferramentas ou tempo do gestor.
Agora imagine 10 vagas por mês.
São 141 horas e R$ 11 mil só em screening manual — antes mesmo da primeira entrevista com o gestor.
Esse é o custo invisível que a maioria dos líderes ignora.
Como reduzir o CAT: do achismo ao dado
Reduzir o CAT não é cortar ferramentas — é cortar desperdício. O caminho está em automatizar o que não exige julgamento humano, e liberar as pessoas para o que mais importa: decidir com base em dados.
É aqui que entra a Sol, a agente de IA da Solu.
Ela entrevista 100% dos candidatos, avalia raciocínio, comportamento e competências e entrega short lists explicáveis, combinando:
- Dados do currículo,
- Respostas da entrevista conversacional,
- Análise neuroquímica (via Solu Balance).
Com isso, as empresas reduzem até 90% do tempo gasto em triagem e eliminam boa parte das entrevistas sem sinal — derrubando drasticamente o CAT.
Por que o CAT é uma métrica estratégica (e não de RH)
Assim como o CAC é métrica de crescimento e eficiência, o CAT é métrica de sustentabilidade e competitividade. Empresas que dominam o CAT:
- Tomam decisões de contratação mais rápidas;
- Alocam melhor o tempo do time de recrutamento;
- Reduzem custo por vaga e turnover precoce;
- Geram ROI real em tecnologia de recrutamento.
Em um cenário onde contratar certo é tão importante quanto vender bem, o CAT precisa sair da planilha do RH e entrar na mesa do CFO.
O CAT revela o quanto sua empresa investe (ou desperdiça) para trazer talentos. Ignorá-lo é como investir em marketing sem olhar o CAC.
A boa notícia? A tecnologia já permite entrevistar todo o funil, gerar dados e eliminar desperdícios, com IA, neurociência e explicabilidade.
O futuro do recrutamento é inteligente, automatizado e humano ao mesmo tempo. E quem dominar o CAT vai liderar essa transformação.
